A juíza da 1ª Vara do Trabalho de Ilhéus,
Alice Catarina de Souza Pires, realizou na manhã desta quarta-feira, dia 05 de
fevereiro, a audiência final da ação movida pela APPI/APLB-Sindicato que
solicita o cumprimento da lei que garante a reposição salarial dos
trabalhadores em educação e o piso nacional dos professores. Na audiência,
questionado pelo assessor jurídico da APPI, Iruman Contreiras, o representante
da Prefeitura de Ilhéus confessou que o município não fez o pagamento da
reposição salarial dos trabalhadores no ano de 2013 e nem em 2014, já que a
data base dos profissionais docentes é no mês de janeiro.
O processo agora aguarda a decisão da Justiça,
que deverá ser publicada a qualquer momento. De acordo com a presidente da
APPI/APLB-Sindicato, Enilda Mendonça, a ultima reposição salarial concedida aos
trabalhadores em educação da rede municipal de Ilhéus foi em janeiro de 2012.
Como o atual governo não concedeu a reposição salarial no ano passado e nem
esse ano, já são 25 meses que os trabalhadores em educação estão sem reajuste, com
os salários congelados. Ela lembra ainda que nos oito anos das duas últimas
gestões do prefeito Jabes Ribeiro a Prefeitura também não havia concedido
reposições salariais para os trabalhadores em educação.
Os servidores reivindicam a reposição anual
de 6,5 %, retroativo à data base que foi 1º de maio de 2013. Já os professores
querem a reposição 7,97% retroativo a 1º de janeiro de 2013, data base da
categoria, como manda a Constituição Federal e a Lei de Responsabilidade Fiscal,
e os 8,32% determinados pelo Ministério da Educação, retroativo a janeiro desse
ano.
No ano passado trabalhadores de todas as
categorias ficaram cerca de 80 dias em greve na busca de um acordo. Como o
governo municipal não apresentou uma proposta concreta de reposição salarial,
os trabalhadores decidiram protocolar, no dia 07 de outubro, as ações na
Justiça do Trabalho para reivindicar seus direitos. A categoria aguarda agora a
decisão da justiça.