Dia 30 de abril: Greve Nacional dos/as trabalhadores da educação básica pública.
O ano de 2015 iniciou com os mesmos problemas de sempre na área
educacional do País. Faltam professores nas escolas, as salas de aula continuam
superlotadas, grande parte dos gestores insiste em descumprir a Lei do Piso
Salarial do Magistério, os funcionários da educação não conseguem ter acesso à
profissionalização e, quando têm, não são valorizados nos planos de carreira,
as escolas se mantêm em estado de penúria – estudos com base nas estatísticas
oficiais revelam que menos de 1% delas possuem infraestrutura e equipamentos
completos, tais como bibliotecas, laboratórios de informática e ciências,
acesso à Internet, salas de aula com projetores, quadras esportivas, sanitários
adequados, salas para os profissionais da educação, cantinas salubres e espaços
de recreação seguros e compatíveis com as atividades educativas.
Em razão dessas condições prejudiciais à aprendizagem dos estudantes, e
pela ausência de ações efetivas dos gestores em melhorar as condições das
escolas públicas e a valorização dos/as educadores/as, em muitos lugares, o ano
letivo ainda nem começou e em outros ocorrem ou já ocorreram greves da
categoria, a exemplo de São Paulo, Santa Catarina, Pernambuco, Paraíba, Pará,
Roraima, Paraná e de várias redes municipais, como João Pessoa-PB, Juiz de
Fora-MG, Itaporanga-SE, entre outras. Alguns estados estão em estado de
mobilização, podendo deflagrar greves a qualquer momento, como é o caso de
Goiás, Alagoas e Amazonas, além do Distrito Federal.
A alteração nas Medidas Provisórias 664 e 665, que dificultam o acesso ao
seguro desemprego, ao abono salarial, ao auxílio doença e às pensões por morte,
além da não aprovação pelo Senado do PL 4.330/04, que visa instituir a
terceirização ilimitada nas empresas privadas, públicas e de economia mista
(Petrobrás, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social, Correios, empresas de energia elétrica e de
saneamento básico, entre outras) são pautas de nossa luta e requerem a máxima
compreensão e apoio da sociedade, pois representam sérios riscos para o bem
estar futuro do país.
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