Trabalhadores em educação, estudantes, pais
de alunos e profissionais liberais foram às ruas de Ilhéus na manhã desta terça-feira
(15) denunciar a situação de abandono das escolas da rede municipal e cobrar do
prefeito Jabes Ribeiro o cumprimento da Lei que garante o pagamento do piso
nacional e o reajuste anual dos servidores. O movimento começou com uma
concentração na praça do Tamarineiro, no bairro do Malhado, seguindo até a
Central de Abastecimento onde foi realizada uma panfletagem mostrando aos
comerciantes, comerciários e consumidores o verdadeiro quadro da educação no
município, com escolas em péssimas condições de funcionamento, unidades em que ainda
não foram iniciado o ano letivo, além da falta de transporte e da alimentação
escolar.
Por onde passavam os manifestantes recebiam o
apoio da comunidade, que denunciou não somente problemas na educação, mas
também nas áreas de saúde, assistência social e infraestrutura. De acordo com
presidente da APPI/APLB-Sindicato, Enilda Mendonça, a situação da educação em
Ilhéus é crítica, com escolas sem a menor condição de funcionar, além da postura
do prefeito de descumprir a decisão judicial que determinou o pagamento do piso
nacional e o reajuste anual dos demais trabalhadores.
Com salários congelados desde 2012, sem
receber nesse período qualquer reajuste ou reposição, os trabalhadores ainda
foram surpreendidos com a decisão arbitrária do prefeito Jabes Ribeiro de
descontar dos vencimentos dos servidores os dias em que foram realizadas
paralisações e assembleias, como forma de amedrontar a categoria para que
desista da luta pelos seus direitos. A APPI já denunciou o prefeito pelo crime
de assédio moral e entrou com um mandado de segurança na justiça solicitando a
devolução desse dinheiro descontado de forma ilegal.
Durante a marcha, a representante da APLB
estadual, Olívia Mendes, reafirmou que Ilhéus é conhecida internacionalmente
pela suas belezas naturais, mas o prefeito Jabes Ribeiro mancha a história da
cidade com sua truculência e com o desrespeito às leis. De acordo com a
dirigente sindical, o prefeito é desinformado, ditador e covarde, descumprindo
a legislação e se escondendo nos gabinetes, ao invés de encarar os problemas da
cidade. Segundo Olívia Mendes, Jabes Ribeiro é um nome que precisa ser riscado
da mente, da história e da vida dos ilheenses pelos crimes que comete e pelos
prejuízos que tem causado ao município.
Enilda Mendonça falou ainda sobre as ameaças
do prefeito de demitir os trabalhadores que ingressaram no serviço público
municipal no período de 1983 a 1988. Para esclarecer todas as dúvidas dos
trabalhadores e estabelecer a verdade, os sindicatos de todas as categorias de
servidores municipais estarão realizando uma mesa redonda nesta sexta-feira, dia
18 de agosto, às 14 horas, no Centro de Convenções Luís Eduardo Magalhães. O
evento vai contar com a participação de representantes do Ministério Público
Federal do Trabalho, Ministério Público Estadual, Tribunal de Contas dos
Municípios, Ordem dos Advogados do Brasil, Universidade Estadual de Santa Cruz
e de vários outros e entidades da região.
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